Nesta quinta-feira (13) Luiz Gonzaga do Nascimento, rei do Baião, completaria 100 anos de vida. Natural da pequena cidade de Exu, em Pernambuco, o “Seu Lua” revolucionou a história de música brasileira com seu jeito único de fazer o que mais amava: tocar sua sanfona e cantar o povo nordestino.
Para lembrar o homem que mostrou o lado mais bonito do Nordeste ao resto do país, diversas demonstrações de respeito e carinho estão acontecendo em todo o Brasil e no mundo.
O Google, maior e mais acessado site de buscas do planeta homenageou Gonzagão através do “doodle”, imagem que aparece em sua página inicial.
Em Exu, cidade natal do artista, está acontecendo um festival desde a última quarta-feira (12) com shows de nomes como Dominguinhos, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Waldonys e muitos outros. Pessoas de várias partes do país foram prestigiar o evento de aniversário de Luiz Gonzaga.
Nas redes sociais os internautas também demonstram todo seu respeito pelo Rei do Baião. Usuários do Twitter e do Facebook publicam a todo momento mensagens em homenagem ao ilustre filho de Januário.
Grande Rio FM presta um dia de homenagens a Luiz Gonzaga
Nesta quinta-feira (13), toda a programação da rádio Grande Rio FM se veste da indumentária sertaneja para prestar uma série de homenagens à vida e obra de Luiz Gonzaga. A data marca o centenário do Rei do Baião, sanfoneiro que deixou um grande legado para a música brasileira.
A cada hora, será possível ouvir a um sucesso de Gonzagão nas ondas da 100,7 FM. “Vem Morena”, “Pense Neu”, “Assum Preto”, “A Morte do Vaqueiro” e até mesmo a internacional “Asa Branca” vão marcar presença na playlist especial.
Direto de Exu – onde Luiz Gonzaga nasceu e lugar em que acontece, de segunda até sábado (15) uma grande festa em celebração ao centenário do sanfoneiro – a Grande Rio FM trará flashes ao vivo com o repórter Danilo Ribeiro, que entrevistará bandas e artistas populares que têm suas carreiras inspiradas pelo ‘Seu Lua’.
E até o fim do mês, a rádio mais top da região segue com o programa ‘Grande Gonzagão’ aos sábados, das 07h às 08h.
“A pesquisa foi um fator importante para que pudéssemos trazer essas novidades em nossa programação, com músicas já interpretadas por ele e versões entoadas por artistas de todo o mundo, nos mais variados estilos. O ouvinte terá a real dimensão do legado deixado por Luiz Gonzaga para a história da música no mundo”, destacou a diretora das rádios do Sistema Grande Rio de Comunicação, Ana Amélia Coelho Lemos.
História
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu numa sexta-feira no dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12km de Exu. Era o segundo filho de Ana Batista de Jesus (Mãe Santana) e o oitavo de Januário José dos Santos. O lugar no nascimento era no sopé da Serra do Araripe, e inpiraria uma de suas primeiras composições denominada "Pé de Serra".
Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai.
Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Em reportagem para a Revista da Cultura, a jornalista Ana Krepp escreveu: "O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original: o de popular. De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados. 'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga - De pai para filho]. Foi o cantor e músico também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do showbizz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."
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